domingo, 11 de abril de 2010

Nepotismo gospel







"E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.
E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te.
Ele, porém, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?
E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;
Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe."

Mateus 12: 46 a 50



Durante toda a minha caminhada no evangelho, pude ver, ouvir e sentir coisas que realmente me deram experiências da existência de um Deus amoroso e fiel e de igual forma pude ser testemunha do excesso de preciosismo e vaidade humana que estão inundando as igrejas.
É engraçado com a maioria dos pastores fazem das igrejas a extensão de suas casas. Assim, tudo fica mais familiar, fácil de administrar e enfim, fazer com que a igreja tenha a sua cara.
Porém, tanto nas graaaandes quanto nas pequenas é muito comum observar que esta extensão é cercada de nomeações a esposas, filhos, genros, agregados e qualquer um que lhes garanta a segurança de ter o controle de suas ovelhas de acordo com a sua visão humana de administrar.
Muitos pastores entendem que como feudos ou principados, as igrejas lhes pertencem e por isso tem o direito de proclamarem sua côrte.
O mais engraçado disso tudo é que até a idade média, acreditava-se que os reinos/feudos da Europa tinham seus líderes de acordo com inspiração divina. Deus era quem determinava as familias, sempre nobres, para os reinados existentes.
Isso tem acontecido nas igrejas até hoje é a culpa disso é toda nossa. Carregamos o DNA católico que diz que a santidade sacerdotal é pra poucos privilegiados e começamos a paparicar tanto os pastores quanto suas famílias. Fica nítido na igreja o tratamento diferenciado da "realeza" com relação aos demais. Minhas palavras não estão embasadas no recalque ou quem sabe, frustração de não fazer parte da corte, mas na contestação em ser taxado de rebelde ao questionar determinadas autoridades que diziam ser levantadas por Deus.
O texto acima fica clara a posição de Jesus com relação a sua família. Com exceção de João Batista, seu primo, com quem teve relação direta em seu ministério, Jesus deixa claro a todos que ninguém teria privilégios por pertencer a sua família.
Outro dia achei a maior graça vendo alguns programas de tv e me chamou a atenção que uma certa igreja mundial anunciou o cd de uma cantora que não me lembro o nome como, Cd da fulana de tal - A filha do pastor, Beltrano de tal, que por sinal, era o "dono" da igreja.
Tem igreja grande e famosa onde o presidente e pastor principal consagra seus genros pastores no dia do casamento com suas filhas. Tem pastor campeão de vendas que coloca a família inteira pra trabalhar eu seus programas. Sei de histórias de pastores que começaram a minar e boicotar as lideranças femininas de suas igrejas, para que depois de destituídas, consagrarem sua esposas ( que lindo é o amor) a pastoras justamente no lugar dessas que saíram.
Por estas e outras, o povo evangélico continua crescendo ano a ano, mas sem nenhum reflexo significativo na sociedade de um modo geral. Achamos bonito e copiamos como padrão ideal algo que tradicionalmente tem sido repassado de forma quase que maligna de igreja a igreja.
Não quero aqui, levantar a bandeira da rebeldia e contestação da autoridade pastoral, longe disso. Pastores são homens levantados por Deus para determinados fins. Cabe a igreja, com orientação do Espírito Santo, determinar até a onde o poder humano deve chegar, mas para isso a igreja deve estar alinhada com a verdadeira vontade divina. Como a dúvida sobre o que veio primeiro: o ovo ou a galinha?
Assim sendo, posso afirmar com como todo povo tem no governo, seu reflexo, toda igreja tem no púlpito, sua cria.
Deixo a pergunta: o que fazer para melhorar? Eu sinceramente não sei

domingo, 17 de janeiro de 2010

Third Day - Offerings




A letra desta canção não precisa dizer mais nada.