Vaidade, meu pecado preferido. ( frase do filme " O advogado do diabo, dita pelo próprio)

Eclesiastes 1:2: Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.



Há muito venho observando um movimento paralelo ao crescimento do "evangeliquês" capitalista que vem influenciando o povo de Deus. Juntamente com a difusão da idéia errônea de prosperidade, este movimento demonstra o quão nós, Povo de Deus, fomos corrompidos pela vaidade humana.
Jesus sempre nos deu uma grande dica sobre como tratar a vaidade: "Aquele que quiser ser o maior, que seja o menor".
Isso em tese deveria servir de orientação e alerta para nos guiar a por um caminho sem percalsos, quando o assunto é vaidade. Infelizmente para muitos crentes hoje, o adjetivo de igreja abençoada deixou de ser um igreja onde o Espírito Santo de Deus tena livre acesso, para se tornar uma igreja grande, com muitas ALMAS e que de preferência ostente luxo e riqueza.
Se existe uma brecha pela qual o diabo pode entrar e fazer uma algazarra, esta brecha se chama vaidade. Vários pastores ficaram pensando o quão seus rebanhos eram formosos ou como eram habilidosos no trato com as ovelhas que se esqueceram de procurar verdes pastagens e novas fontes de águas para que este rebanho prosperasse ainda mais.
Não há muito tempo, muito se falava no Movimento G-12, que explicando de forma simples, tinha como idéia o evangelismo através de um grupo de 12 pessoas, que por sí atrairiam cada um mais 12 pessoas, formando uma geração de 144 pessoas, onde cada um desta geração também teria um grupo de 12 pessoas, criado assim uma grande e verdadeira pirâmide evangelística. Por falta de bom senso de muitos que difundiam esta idéia e também da ignorância de outros que eram contra, criou-se uma um muro que posteriormente acabou ruindo devido a a soberda dos apoiadores do movimento, que acreditaram ser essa a única estratégia e até mesmo, por alienação, acreditarem ser os únicos nocaminho certo. Como se o Caminho não fosse Jesus.
O que muitos não quiseram ver que, não julgando o direcionamento espiritual do movimento, é que ele não era a salvação para todos os problemas, mas era sim apenas uma ferramenta que poderia ajudar as igrejas que neles se enquadrassem e nada mais. Porém acredito eu, que o principal motivo de seu fracasso, como o calcanhar de Aquiles, foi o aspecto do discipulado entre 12 pessoas expor exatamente como seria o coração do seu líder e refleti-lo para seus liderados.
Infelizmente vários pastores, na compreensível manifestação de humanidade, viram como principal benefício do G-12 a possibilidade de ganhar notoriedade entre seus pares e seus "12" e com isso naufragaram no exercício de expandir o Ide e Pregai o evangelho a toda criatura.
Este exemplo serve para mostrar bem como a vaidade pode nos fazer ver alguém que não somos e como nos faz esquecer que o mesmo Deus que não permitiu que Ananias e Safira (Atos:5) não corrompessem a igreja primitiva, não irá permitir que a vaidade corrompa a igreja contemporanea.
A culpa é nossa, que na maioria dos casos por carência e baixa estima, tendemos a sobrevalorizar demais o papel pastoral e confundí-lo com a própria Trindade, afinal o pastor é palpável, tangível e material. Com isso, não quero levantar a bandeira de que devamos desonrar nossos pastores e trata-los como um sujeito "normal", afinal a própria Palavra de Deus nos diz que devemos dar a honta a quem honra (Romanos 13:7). Devemos ter a capacidade crítica de saber o que é carne e o que é espírito, mas esta capacidade só teremos se buscarmos em Deus o discernimento para poder entender aquilo que Ele quer para sua igreja. O grande problema é que preferimos buscar o dom de falar em linguas em que as vezes nem entendemos o qe se fala ou de profetizar por causa do "status" que estes dons nos promovem a ter que buscar um dom que nos trás equilíbrio e segurança de ter uma vida verdadeiramente segura e vitoriosa.
Que aprendamos que nada somos ou temos. Claro que a satisfação por um bom trabalho ou projeto, a conclusão de um curso superior, a compra de um carro novo, uma esposa e filhos bonitos não deva ficar reprimida sob a culpa de uma falsa humildade. Temos que buscar em Deus o discernimento para dosar a satisfação para não tranforma-la em vaidade.

Assim teremos noção de quem realmente somos ao ponto de dar a impressão que esta passagem, muito bem escrita por Salomão, teve seu objetivo cumprido em nossas vidas.

Pense nisso!!